sexta-feira, 29 de setembro de 2017

"Mílton da Silva, Tinha Certo Controle Sobre a Vida do Filho Ayrton Senna", Mônica Bergamo


Sobre a entrevista de Ayrton Senna para a revista Playboy em 1990

Por Carlos Maranhão
28 de setembro de 2017
Folha de São Paulo - folha.uol.com.br

Em seu manual, o editor-executivo Berry Golson, responsável pela edição final das entrevistas entre 1973 e 1988, dava mais algumas indicações que deveriam ser seguidas:

- Ao pedir a entrevista, telefone dez vezes, não duas. Não use a palavra "entrevista". Diga que você está interessado em expor os pontos de vista da pessoa. (A repórter Mônica Bergamo insistiu tanto com a família do piloto Ayrton Senna - ele próprio simplesmente a ignorava - que um dia, cansado da perseguição e de vê-la acelerando na porta do escritório, seu pai encostou o carro no boxe e permitiu a ultrapassagem. "Não aguento mais você nos enchendo o saco desse jeito", disse seu Milton da Silva, que tinha certo controle sobre a vida do filho. E marcou a entrevista. O resultado foi sensacional. Em determinado momento, Senna descreveu a visão que garantia ter tido, no final de uma curva, de Jesus Cristo em pessoa.)



Ayrton Senna e o pai Milton



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Certo controle? Seu Milton da Silva tinha um controle muito grande sobre a vida do filho. Ayrton só foi começar a sair desse controle/pressão do pai um pouco antes da tragédia de 1994. De todo o caso, para vocês verem, qualquer pessoa que tinha um pouco de contato com o Ayrton percebiam que o pai controlava a vida dele.


"Ayrton Senna Estava Aos Poucos Se Distanciando do Pai", Diz Amigo
Assista:


Depoimento do amigo e ex-piloto do jato de Ayrton Senna, o irlandês Owen O'Mahony 

Trecho extraído do documentário "Ayrton, Retratos e Memórias", lançado em 2015 no Canal Brasil

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Adriane Galisteu Mudou a Vida de Ayrton Senna, diz Biógrafo de Senna
Assista:





Bate-papo com Ernesto Rodrigues, autor do livro "Ayrton, o herói revelado"


Site Canal Brasil - 13.09.2015

FONTE PESQUISADA

MARANHÃO, Carlos. Jornalista conta como foi trabalhar fazendo entrevistas para a 'Playboy'. Disponível em: < http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/09/1922596-jornalista-conta-como-foi-trabalhar-fazendo-entrevistas-para-a-playboy.shtml >. Acesso em: 29 de setembro 2017.



quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Ayrton Senna Procurando Adriane Galisteu Com o Olhar Após Vencer em Mônaco 1993


Namorada de Senna no Musical Remete a Xuxa Diz Site

Sempre aquela velha história...


26 de setembro de 2017
temperoseapimentadas.com.br

Em novembro, deverá estrear entre São Paulo (na verdade em SP só ano que vem) e Rio o musical sobre a vida do piloto Ayrton Senna, com direito a um bólido no palco e música da Globo que virou “tema de Ayrton”.

Hugo Bonemer viverá Ayrton. A família ajudou desde que não houvesse citações a Adriane Galisteu. A namorada de Senna no musical remete a Xuxa.

Família Senna excluiu Adriane Galisteu de Musical sobre Ayrton Senna

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O site da notícia é desconhecido, portanto nesse caso não é muito confiável. Soube que no musical realmente não terá Adriane Galisteu mas também não vai ter a Xuxa (sendo que terá Alain Prost - maior rival de Senna na F1). Mas a família do Senna é muito estranha, como vocês sabem, então não dá para confiar, só será conhecido, de fato, quando estrear o musical, ou sair mais detalhes na imprensa. Vamos aguardar!


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FONTE PESQUISADA

TEMPEROS & APIMENTADAS - Outro musical. Disponível em: <http://temperoseapimentadas.com.br/portal/outro-musical/>. Acesso em: 27de setembro 2017.

Prost Revela Que Senna Tinha Certeza das Trapaças de Schumacher




Entrevista concedida por Prost em 2007 ao Esporte Espetacular da Rede Globo.







quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Você Sabia? Adriane Galisteu Ainda Guarda o Uno Dado por Senna


E cuida dele com o maior carinho 

Torcedores - torcedores.uol.com.br
Por Lucas Tieppo
Publicado às 07:03  de 27/09/17


Adriane Galisteu e Ayrton Senna formaram um dos casais mais conhecidos da década de 90. O relacionamento durou pouco tempo por causa da trágica morte do piloto, mas deixou um legado que segue com a modelo e apresentadora. Presente de Senna, o Fiat Uno Mille 1993 segue sob os cuidados de Galisteu.

Quem cuida do automóvel com maior frequência é o assessor de imprensa e amigo da apresentadora, Nelson Sacho. Recentemente ele postou uma foto do carro na oficina fazendo uma revisão.


Adriane não usa efetivamente o carro nas ruas de São Paulo justamente para manter o modelo prata e com duas portas o mais conservado possível. O carro tem hoje cerca de 40 mil quilômetros rodados, número muito baixo para um modelo que já tem 24 anos.

É Nelson quem faz o serviço de manutenção do carro. Leva à oficina, lava e faz polimento. A próxima manutenção é a troca do radiador do veículo.

Uma busca rápida mostra que carros parecidos são bem difíceis de serem encontrados em bom estado. O valor varia entre R$ 5 mil e R$ 9 mil.

O Torcedores.com conversou com pessoas que trabalham com a apresentadora e ouviu que Adriane tem muito carinho pelo carro, presente de aniversário de Senna e claro, não venderia o presente por valor algum.

Na época, o piloto perguntou qual carro ela gostaria de ganhar e o Uno 1993 foi o escolhido por ser o carro que as amigas dela tinham.

Uma das poucas vezes que exibiu o presente e falou sobre ele foi no documentário “O Dia Que Não Terminou”, produzido por Roberto Cabrini e exibido no SBT em 2014. Os dois andaram com o carro pelas ruas de São Paulo.

Placa especial

A placa do Uno de Galisteu é DRI-7770 e também tem significado especial. As letras formam o apelido da modelo e os números somam a idade que ela tinha ao ganhar o presente.

Onde o carro fica?

A “guarda” do Uno é compartilhada. O carro fica fica guardado nas casas de Nelson, Adriane e da mãe dela.

Ofertas não faltam

Apesar de sempre dizer que não vende o carro, a apresentadora recebe muitas propostas pelo modelo. Os valores não foram revelados, mas são muito maiores do que outros similares, mas a resposta é sempre a mesma: não.

Veja fotos do carro:

Fiat Uno indo para a revisão no começo do ano

Placa 
SP - SÃO PAULO
DRI - 7770

Adriane Galisteu dirigindo o Fiat Uno em 1993

Adriane Galisteu dirigiu o carro no documentário do SBT em homenagem a Ayrton Senna nos 20 anos da morte do piloto em 2014

Adriane Galisteu dirigiu o carro no documentário do SBT em homenagem a Ayrton Senna nos 20 anos da morte do piloto em 2014



Adriane Galisteu dirigiu o carro no documentário do SBT em homenagem a Ayrton Senna nos 20 anos da morte do piloto em 2014







Adriane Galisteu Dirige Fiat Uno Presente de Ayrton Senna

Assista:



Adriane Galisteu dirige Fiat Uno que ganhou de presente de Ayrton Senna enquanto é entrevistada por Roberto Cabrini 

Programa Conexão Reporter do SBT 

"O Dia Que Não Terminou"

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Adriane Galisteu Conta Aconteceu Fiat Uno Presente de Ayrton Senna 

Assista:


Adriane Galisteu Conta O Que Aconteceu Com Fiat Uno Presente de Ayrton Senna Programa Claquete de Otávio Mesquita 2011



Facebook:




FONTE PESQUISADA

TIEPPO, Lucas. Você sabia? Adriane Galisteu ainda guarda o uno dado por Senna. Disponível em: <http://torcedores.uol.com.br/noticias/2017/09/voce-sabia-que-adriane-galisteu-ainda-tem-o-uno-dado-por-senna>. Acesso em: 27 de setembro 2017.


terça-feira, 26 de setembro de 2017

Adeus

O comovente final do livro Fatal Weekend, escrito por Tom Rubython. 

Autor narra em um texto emocionante o Adeus de Neyde, mãe de Ayrton Senna, e Adriane Galisteu. 

"Este foi um livro que me exigiu muito para escrever. Por duas vezes nos últimos anos eu o abandonei devido às dificuldades de escrever sobre um assunto tão carregado emocionalmente." - Tom Rubython no prefácio de Fatal Weekend.



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"Depois da morte do Ayrton, virei um lixo" - Adriane Galisteu


Adeus

Depois do funeral, a família Da Silva voltou para sua fazenda em Tatuí para começar a reconstruir suas vidas destroçadas. Os Braga e Adriane foram para a fazenda dos Braga em Campinas. Nada seria remotamente o mesmo novamente para qualquer um deles. Por esse pequeno grupo de talvez, 30 pessoas, entre família e amigos próximos no Brasil, as suas vidas nos últimos 10 anos tinham sido unicamente sobre Ayrton Senna - eles não conheciam nada além disso.

A família Da Silva teve um outro problema que, na realidade, só existia em suas mentes. Eles estavam com medo e preocupados de Adriane querer continuar a viver no apartamento de Senna na Rua Paraguai, isso era a última coisa que eles queriam. Neyde da Silva foi a única voz discordante do restante da família quando expressaram seus medos. Ela simplesmente disse-lhes: "Não, ela não vai," e ela estava certa.

Neyde da Silva decidiu que todos eles tinham tratado Adriane muito, muito mal e resolveu fazer algo a respeito. Na sexta-feira seguinte, levantou-se da cama cedo, antes do restante da família e chamou a seu motorista. Ela ordenou ao motorista para levá-la a fazenda de Antônio Braga, onde ela sabia que Adriane estava.

Adriane teve uma surpresa quando Neyde da Silva de repente chegou sem avisar na casa do Braga. Ela queria falar com as pessoas que passaram o tempo com seu filho em seus últimos dias de vida. Neyde e Adriane sentaram-se em um grande sofá na sala de estar do Braga e conversaram por um longo tempo. Antes de ir embora, Neyde planejou encontrá-la no apartamento de Senna onde tinham vivido juntos, para que Adriane pudesse recolher suas coisas. Adriane tinha um monte de coisas lá. Ela tinha vivido com Senna por um ano, e durante o último mês, ela estava sozinha no apartamento enquanto ele estava na Europa.

No portão (do prédio de Senna), enquanto Adriane entrava no carro, Neyde agradeceu Antônio Braga e Luiza por cuidarem dela e a pediu desculpas pela forma como o restante de sua família havia se comportado. Quando Neyde se foi, Braga virou-se para sua esposa e disse-lhe: "É daí que Beco [Ayrton] saiu (Braga quis dizer que Ayrton puxou a mãe)." Luiza assentiu (concordou). Ela não precisava perguntar o que seu marido quis dizer; ela soube instintivamente.

Julian Jakobi (empresário de Ayrton Senna) teve que pegar os pedaços do crescente império empresarial de Senna. Senna havia comprometido US$ 47 milhões, e havia muitas decisões importantes para fazer agora que ele não estava mais lá.

O contrato de três anos de Senna com a Williams foi rapidamente pago pelas seguradoras da equipe Williams. Além disso, seus patrocínios pessoais foram cobertos por outras apólices de seguro. Senna sempre acertou seus negócios pensando na possibilidade de uma morte súbita do qual sempre soube que era uma possibilidade. [Acho que todos que tem um profissão perigosa fazem esse tipo de seguros de vida]

Depois que o negócio foi concluído, Jakobi finalmente teve tempo para seu sofrimento pessoal. Ele ficou atordoado pelo funeral e não tinha idéia do quanto seu piloto era tão reverenciado por seu povo. Como muitos outros, ele recordou os eventos de 1963 como comparação. Ele disse: "Lembro-me de assistir ao funeral de John F. Kennedy em Washington, em 1963, e até o de Winston Churchill, quando era menino. Eu nunca vi nada assim. O funeral de Senna no Brasil foi bastante parecido. Você não gostaria de fazer parte disso por causa do que aconteceu, mas, por outro lado, estar lá, é como colocar tudo em perspectiva. Aqui estava um cara do Brasil, que tem uma nova indústria automobilística, que poderia enfrentar e vencer o mundo industrializado. Aqui estava alguém, como Pelé, que era uma figura mundial, que era universalmente respeitada. E, durante os nove anos que trabalhei para ele, não entendi, baseando-me aqui na Europa, o quanto ele era reverenciado no Brasil ".

Mas foi Adriane Galisteu quem teve mais pedaços para pegar (quem mais teve a vida destruída). Ela era a pessoa mais próxima de Senna no final de sua vida, e ela não ficou com nada. Senna não a deixou nada e a família dele estava determinada que ela não ficasse realmente com nada. Eles desejavam que ela pudesse ser apagada de sua história.

Apesar da oposição da família de Senna, pensava-se que eles  acabariam se casando. É possível que Senna já tivesse contado a sua família quais eram suas intenções, e essa foi a razão do atrito entre ele e Leonardo naquele último fim de semana.

E ao contrário do que a família pensava, ela não tinha intenção de ficar no apartamento. Mesmo que quisesse, as memórias eram muito brutais para ela.

Por quase duas semanas, Adriane ficou com os Braga na fazenda. Betise Assumpção veio visitá-la e elas falaram sem parar sobre a vida de Senna por horas e horas. Parecia facilitar as coisas para ambas as mulheres.

No apartamento, Neyde da Silva (mãe de Ayrton) estava esperando. Adriane disse: "Peguei o elevador e subi. A porta estava meio aberta. Tudo parecia o mesmo - e ao mesmo tempo era tão diferente. Não havia nenhum sinal de nós lá. Tudo estava em seu lugar. Não havia mais vida lá. Sua mãe e eu nos sentamos no sofá e falamos por cerca de 40 minutos."

Quando Neyde perguntou a Adriane o que ela faria agora, ela disse que simplesmente iria recomeçar sua vida do que era antes, na sexta-feira, 26 de março de 1993, no dia em que seus olhos se cruzaram pela primeira vez com os olhos de Ayrton Senna. Ela disse mais tarde que era literalmente o olhar de amor (amor a primeira vista), um olhar que mudou completamente o mundo dela. Nenhuma palavra havia sido trocada entre eles naquele dia, mas nenhuma precisava ser. Foi puramente o destino, assim como os acontecimentos do domingo à tarde, 1 de maio de 1994.

Depois de terem terminado de conversar, ela jogou suas coisas em quatro grandes malas e perguntou a Neyde se ela podia levar a escova de dentes de Ayrton.

Lá fora estava chovendo.



FIM


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Cruzes! 

Revoltante! Repugnante! Que gente mesquinha! 

Ayrton era milionário, deixou tanto dinheiro, o que custava ajudar a mulher que ele amava e o fazia feliz em seu último ano de vida? Dinheiro algum compraria isso. Para que queriam tanto dinheiro? Se ajudassem a mulher do filho/irmão de vocês, que largou o emprego para ir viver com ele, se dedicar a ele, com certeza não ia fazer falta alguma. O que aconteceu com Ayrton pode acontecer com qualquer um, infelizmente. Ele deixou muito, mas muito dinheiro, uma fortuna. Só de seguros de vida receberam por cima uns US$ 200 milhões. Sem contar o império que ele já tinha, os negócios que deixou, imóveis. Mesquinhos e ganânciosos!

Ainda ganharam muita grana com esse Instituto (Ayrton Senna) de fachada. Alguém acredita que depois dessa eles realmente ajudam crianças carentes? Do jeito que são mesquinhos...

Queriam tanto dinheiro para viverem todos no luxo e realizar desejos as custas do Ayrton Senna, Leonardo (irmão de Ayrton) gastar com mulheres como faz esses anos todos e Viviane (irmã) deixar para seus descendentes. Dar todos os mimos a sua prole. Os irmãos e sobrinhos trabalham por hobby nada mais. Não moveram nenhuma palha, tudo que Ayrton ganhou foi por causa de seu talento, trabalho e muito suor. Tinham o dever moral de amparar a Adriane, que era a mulher dele, companheira, viúva. Ele não deixou filhos, mas deixou uma esposa. Era um dever moral ampará-la. O mínimo que deveriam fazer. Que feio! Fazendo questão de cada centavo. Abutres!


Mas Deus retribuiu tudo que ela fez por Ayrton e muito mais, dando-lhe tudo que ela merece, restaurou a vida de Adriane. Lá de cima Ayrton também olha muito por ela, e com certeza também a ajudou muito. Aqui na terra Braguinha, o segundo pai de Ayrton, e sua esposa, a ampararam. 

Adriane ganhou muito, mas muito mais, que a família do Senna lhe dariam. Muito mais do que esse apartamento. Ficaram com ele (apartamento) para Leonardo levar mulheres, como aconteceu depois da morte de Ayrton. Ou seja, queria tirar Adriane de lá para levar mulheres para lá. Esse mesmo que infernizou a cabeça do irmão numa véspera de corrida.

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FONTE PESQUISADA

RUBYTHON, Tom. Fatal Weekend. 1º Edição. Great Britain: The Myrtle Press, 12 de novembro de 2015.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Ayrton Senna Deixaria a Williams no Final de 1994

Ayrton Senna foi até Bolonha para acertar acordo com a Ferrari. Foto: Ayrton Senna chegando a Pádua-Itália, no dia seguinte ao encontro, para o lançamento de um produto de sua marca.

Livro revela encontro secreto de Ayrton Senna e Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, com a finalidade de acertarem a transferência do piloto brasileiro para a equipe italiana, isso a poucos dias da tragédia. Segundo também a obra, Ayrton preparou Adriane Galisteu sobre a decisão e parece que não comunicou absolutamente nada ao restante da família.


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Ligação perigosa em Bolonha
Encontro com Luca di Montezemolo, quarta-feira, 27 de abril de 1994

Em poucos minutos antes das 11 horas de quarta-feira, 27 de abril, o jato HS-125 800 de Ayrton Senna com seu número de registro personalizado N125AS posou no aeroporto de Bolonha. Para todos os efeitos, Senna estava chegando para o Grande Prêmio de San Marino, se alguém estivesse interessado. Na realidade, ele foi para a casa de campo de Bolonha de Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari.

O encontro com Montezemolo foi planejado há muito tempo e o Grande Prêmio de San Marinho era a fachada perfeita. Se Senna tivesse voado a Bolonha em qualquer outro dia, perguntas teriam sido feitas e duas e duas logo teriam sido juntas no Williams HQ na Inglaterra (acho que ele quis dizer que a equipe Williams deduziria que Senna e Ferrari estariam negociando). Por assim dizer, ninguém desconfiou quando um helicóptero o buscou da pista e o levou para a casa de Montezemolo.

A verdade era que Senna não ficara impressionado com seus primeiros meses na equipe Williams. Ele só concordou em se mudar para a Williams porque tinham o melhor carro e ele queria muito ganhar o campeonato mundial novamente. Mas já não era o melhor carro (era o Benetton-Ford) e, pior ainda, ele descobriu que a equipe não era executada com os mesmos altos níveis aos quais ele estava acostumado na McLaren. Enquanto a McLaren era uma operação altamente profissional, Williams, sem dinheiro, em comparação, era o equivalente a uma operação de empresa familiar. Tudo na Williams pareceu ser feito tão economicamente quanto possível com um olho na linha inferior (eles economizavam bastante), exatamente o oposto de como a McLaren era executada. Pior, Frank Williams e Patrick Head trataram Senna como se ele fosse apenas outro empregado. Ron Dennis, apesar de todas as suas falhas, tratava seus pilotos como pessoas muito especiais, e todas as suas necessidades eram atendidas. Na Williams, Senna não encontrou nenhuma das suas necessidades atendidas. Quando precisava de algo, como contratar um helicóptero para levá-lo ao aeroporto, não havia ninguém para fazê-lo. Ele descobriu que ainda estava pedindo para Jo Ramirez, seu velho responsável na McLaren, fazer as coisas para ele. Senna agora percebeu por que Nigel Mansell tinha saído de Williams no final de 1992. Ele confidenciou a amigos: "Está sendo difícil para mim na Williams. É muito diferente da McLaren." Patrick Head e Frank Williams estavam felizmente inconscientes de que Senna estava infeliz e já pensava em sair.

Senna havia discutido seus sentimentos sobre o seu novo time com Gerhard Berger, seu ex-companheiro de equipe, e estava muito interessado em como a Ferrari era executada. Berger disse que era executado da mesma maneira e com a mesma generosidade que a McLaren. Os pilotos foram feitos para se sentir muito especiais e havia ainda mais dinheiro disponível, especialmente porque Philip Morris começou a apoiar a equipe e a marca Marlboro apareceu nos carros.

Senna também sabia que seu antigo engenheiro de corrida na McLaren, Giorgio Ascanelli, dirigia-se para a Ferrari em 1995. Senna tentou levar Ascanelli com ele para Williams, mas o chefe da McLaren, Ron Dennis, o segurou no contrato e o deteve. Senna sentia-se totalmente em casa trabalhando com Ascanelli e, apesar de continuar com o seu novo engenheiro, David Brown, ele não acreditava que ele estivesse na mesma classe de Ascanelli. Ascanelli tinha mais experiência e mais confiança - o piloto e o engenheiro eram de igual status, e Ascanelli não tinha medo de dizer a Senna quando ele estava errado e contradizê-lo. Ele até apelidou Senna de "geniozinho" e não teve medo de chamá-lo assim na cara dele - e não era de forma cordial. Brown era muito diferente e ele se distinguia de Senna em tudo.

Senna tinha percebido que chegou a Williams dois anos mais tarde. Na realidade, o carro era pobre, muito mais lento do que Benetton de Michael Schumacher, e apenas sua habilidade e pura bravura estavam o fazendo funcionar. Descartar os componentes eletrônicos do Williams, necessário para as mudanças de regras de 1994, comprometeu seriamente o desempenho do carro e o tornou muito difícil de pilotar. Especificamente, tirar a suspensão ativa do carro, significava que tinha que correr muito mais no limite. Ele colocou o carro na pole nas duas primeiras corridas por pilotar fora de sua pele (fazendo um intenso esforço), assumindo muitos riscos e literalmente fazendo o carro andar. Sua visão mais privada era que o carro sem suspensão ativa era perigosamente instável. Ele disse: "Eu lutei muito para poder finalmente sentar nesse carro. Ou eu não me adaptei ao carro ou o carro não foi com a minha cara." " Melhor carro, melhor piloto", pensou ele mesmo publicamente um dia, "eu não sei ". Na verdade, ele sabia, ele não era.

Havia também a questão do dinheiro. Williams estava pagando US $ 8 milhões por ano contra os US $ 16 milhões que ganhara com a McLaren em 1993. Isso comparado desfavoravelmente também com a Ferrari pagando US $ 8 milhões para seu atual número um, Gerhard Berger (um piloto infinitamente inferior a Senna); os $ 14 milhões que Prost ganhou em 1993 em Williams; e os US $ 12 milhões que Mansell ganhou em 1992.

Mas Senna tinha apenas ele mesmo a culpa como ele havia se colocado em uma posição muito complicada, tendo declarado, no meio de 1992, que ele pilotava para a equipe Williams até de graça em 1993. Depois disso, ele teve pouco espaço para negociar quando se tratava de seu salário para 1994. Daí Frank Williams se recusou a pagar-lhe o salário de US$12 milhões por ano ou os US$14 milhões que ele pagava à Prost. A melhor oferta foi de US$8 milhões, pegue ou deixe. Isso irritou Senna, especialmente porque ele estava recebendo US$1 milhão por corrida pela McLaren: US$16 milhões ao todo em 1993. Era uma oferta similar a Nigel Mansell em 1992, que o fazia deixar Williams e isso também foi causado pelo enorme US$ 14 milhões que a Williams concordou pagar a Prost.

Assim que se sentaram no sofá estofado de Montezemolo, Senna queria falar sobre dinheiro. Montezemolo acenou com os braços e indicou que a Ferrari combinaria seu salário na McLaren (o mesmo que Senna recebia na McLaren). Senna ficou muito surpreso. O máximo que ele esperava era que Montezemolo oferecesse US$12 milhões, mas não iria discutir [claro].

Senna decidiu que queria pilotar para Ferrari em 1995 e disse efetivamente a Montezemolo que encontraria uma maneira de quebrar seu contrato com Williams, que expiraria em 1996, e se mudar para a equipe italiana no final de 1994. Não era estranho Senna romper contratos. Em 1984, no início de sua carreira, assinou um contrato de três anos com a equipe Toleman e imediatamente quebrou depois de um ano para se mudar para o Lotus e assumiu as consequências.

Mas não era apenas o dinheiro que o influenciava. Ele encontrou um conflito crescente entre seu próprio acordo como o importador brasileiro da Audi e seu próprio contrato para pilotar um carro de Fórmula 1 com motor Renault. Audi era de propriedade da Volkswagen, que eram concorrentes ferozes da Renault na Europa. Havia todo tipo de pressão sobre Senna para pilotar carros da Renault e desistir de seus automóveis Audi no Brasil. Senna sabia que a assinatura com a  Ferrari eliminaria essa pressão.

Mas o motivo mais convincente para mudar foi o desempenho do novo carro da Ferrari. Senna, sendo Senna, examinou mais ou menos cada volta que ele havia conduzido na Williams e que Berger tinha conduzido na Ferrari em 1994. Ele sabia que era, em média, meio segundo, uma volta, mais rápido do que seu companheiro de McLaren. Ele podia ver a partir desta análise que na Ferrari seria tão rápido quanto era na Williams.

Também lhe serviria logisticamente para competir por uma equipe italiana, já que era muito mais fácil para ele viajar de Portugal (país que vivia com a modelo Adriane Galisteu, onde fixou residência em 1994) para Maranello do que para o sul da Inglaterra.

Montezemolo e Senna também tinham muito em comum. Eles se tornaram amigos quase no mesmo dia em que Senna entrou na Fórmula 1 em 1984. Em 1985, Montezemolo o apresentou a Gianni Agnelli, o chefe da Fiat, como um "futuro piloto da Ferrari". Eles haviam se aliado no ano anterior (1993), ironicamente, para se livrarem com êxito dos componentes de controle eletrônico de carros (o que atrapalharia muito Ayrton no futuro, quando muda-se para a Williams) e Senna apreciara o apoio de Montezemolo. Montezemolo disse simplesmente sobre seu relacionamento: "Eu sempre apreciei o estilo de pilotar de Ayrton".

Com Senna e Montezemolo unidos a respeito do que eles queriam, parecia que um acordo foi alcançado. Como Montezemolo revelou: "Nós dois concordamos que a Ferrari seria o lugar ideal para ele continuar sua carreira, que até agora foi brilhante, até mesmo única".

Senna acreditava que ele poderia sair do contrato da Williams e uma maneira que ele poderia fazê-lo seria tentar Alain Prost de volta à Fórmula 1 para retomar o assento da Williams para 1995. Senna resolveu tentar fazer isso acontecer. Montezemolo explica: "Ele queria vir à Ferrari e eu queria ele na equipe. Falamos por muito tempo e ele deixou claro que queria terminar sua carreira na Ferrari, tendo chegado perto de nos juntar alguns anos antes. Concordamos em nos reunir de novo em breve, a fim de analisar a forma como poderíamos superar as suas obrigações contratuais no momento ".

Para todos os efeitos, Senna concordou em se tornar o companheiro de equipe de Gerhard Berger novamente em 1995, e Jean Alesi seria movido. A única dúvida era quanto dinheiro levaria para retirar Senna do contrato com a Williams, que teria dois anos para correr. Essa foi uma discussão para outro dia.

Às 3 horas, o almoço e a reunião acabaram. Montezemolo caminhou com Senna para o helicóptero, que estava esperando para levá-lo de volta a Bolonha. Tinha sido uma reunião extraordinária e foi mantida em segredo por 20 anos até ser revelada por Montezemolo em abril de 2014 depois de ter deixado a Ferrari.

Dentro de meia hora, Senna estava de volta no seu jato esperando para decolar para o vôo de três horas de volta a Faro. Na viagem de volta, ele refletiu sobre a reunião em sua mente e o rebuliço que sua mudança para a Ferrari causaria na Fórmula 1. Ele decidiu começar a semear as sementes para tal movimento imediatamente. Senna contou a sua namorada Adriane naquela noite no telefone: "Mesmo que a Ferrari seja tão lenta quanto um Fusca, ainda quero pilotá-la na minha última largada, na minha última volta, na minha última corrida. Ferrari é o mito da Fórmula 1. A tradição, a alma, a paixão ".

Mas Senna sabia que tinha que ser feito e que a arte de ser um piloto de corrida bem sucedido é sempre estar na equipe certa na hora certa. Embora ele soubesse que ele era um quarto de segundo mais rápido do que Nigel Mansell, Alain Prost e Michael Schumacher, e meio segundo mais rápido do que pilotos como Gerhard Berger, Damon Hill e Jean Alesi, ter o carro certo era essencial para ganhar campeonatos mundiais . Por apenas três dos dez anos ele tinha sido um piloto de corrida nessa posição, e em dois desses três ele tinha sido campeão mundial.

Quando McLaren entrou em declínio e Williams tornou-se ascendente, Senna tentou se juntar a Williams em 1991 para ocupar o lugar que Nigel Mansell finalmente obteve. Então Frank Williams era todos os ouvidos e foi Senna quem o recusou. Frank Williams disse no momento: "Eu acho Ayrton um personagem fascinante. Para mim, o que o separa (dos outros) é a sua aplicação mental, a capacidade de concentrar sua mente em uma coisa. Eu tive experiência de preparação para reuniões e negociações, e acredite, você precisa estar pronto. É terrorismo verbal - você pode sentir as balas. Talvez se nos juntemos, duraríamos três meses, depois nos mataríamos. "

Essas palavras, ouvidas agora, assombram. E é assim que deveriam ser. Se Senna tivesse ficado na McLaren, ele talvez não ganhasse nenhuma corrida em 1994, mas ele ainda estaria vivo.

Foi apenas um telefonema de Soichiro Honda no verão de 1990 que persuadiu Senna a não ir a Williams e permanecer fiel à Honda. Isso provou ser um bom chamado, já que a combinação dele e McLaren foi boa o suficiente para ganhar o campeonato novamente em 1991. E então aconteceu o inesperado: em 5 de agosto de 1991, Soichiro Honda morreu repentinamente de insuficiência hepática e os diretores de Honda quase instantaneamente decidiram remover a companhia da Fórmula 1 no final da temporada de 1992. A decisão deixou Senna na mão, já que Alain Prost já havia assinado com a Williams em 1993, e então ele foi forçado a permanecer na McLaren pela sexta temporada em um carro não competitivo. Prost tinha inserido em seu contrato que Senna não poderia ser seu companheiro de equipe. E essa cláusula também foi válida para 1994, mas não interrompeu Williams e Senna de negociarem durante a temporada de 1993 sobre um contrato para 1994.

Mas era uma negociação unilateral. A única carta que Senna teve que jogar foi o seu próprio talento, como ele colocou algumas exibições de condução deslumbrantes durante a temporada de 1993. Se Frank Williams precisasse de alguma prova de quão bom era Senna, ele havia dado a ele naquela temporada. Conduzindo um McLaren inferior com um motor Ford Cosworth inferior e um déficit de 100 cavalos de potência, ele teve, em ocasiões, correr desigual com Prost e conseguiu ganhar cinco corridas.

Frank Williams lembra quão ansioso estava Senna para se juntar a sua equipe em meados de 1992: "A possibilidade de Ayrton se juntar a nós reapareceu no final de 1992, liderada principalmente por ele. Ayrton queria muito entrar no carro para 1993 e ele simplesmente nunca me deixou sozinho. Ele era muito persistente, muito difícil de mente e ocasionalmente estava com medo de ir para casa porque o telefone nunca deixaria de tocar. Ele sabia que eu estava lá, então eu teria que responder. Eu faria uma conversa de meia-hora, principalmente do lado dele, de por que devemos colocá-lo no carro ".

Finalmente, no início de setembro de 1993, Senna e Williams assinaram uma carta de intenção para 1994. Como parte do acordo pelo qual ele aceitou um salário de valor reduzido, Senna teria direitos de vender muito espaço em seus macacões e manter seus direitos do boné e camiseta.

Quando Frank Williams informou a Alain Prost que Senna seria seu colega de equipe em 1994, Prost ficou indignado. Prost foi efetivamente empurrado para a aposentadoria pela chegada de Senna à equipe. O francês decidiu se afastar no meio do seu próprio contrato de dois anos, embora ele tivesse um carro bom o suficiente para permitir que ele igualasse os recordes de cinco títulos mundiais de Juan Manuel Fangio em 1994. Senna o afastou e, como resultado, Williams havia quebrado seu contrato e foi forçado a pagar seu salário total de US$ 14 milhões, embora ele tivesse deixado a equipe e não pilotasse (mais) o carro.

Foi uma separação desconfortável, e não houve menção à chegada iminente de Senna quando Prost anunciou sua aposentadoria duas semanas depois no Grande Prêmio de Portugal no Estoril. Poucos dias depois, Senna revelou aos jornalistas que ele iria deixar McLaren sem dizer para onde ele estava indo - como se o mundo inteiro ainda não soubesse.

Prost também deixou claro que sua aposentadoria era definitiva e inferiu o quão triste ele era por Williams quando ele disse: "O esporte me deu muito, mas eu decidi que o jogo não valia mais a pena. Tomei muitos golpes. Eu não pilotarei para Williams e para mais ninguém. Isso vale para a Fórmula 1 e todas as outras fórmulas (modalidades do automobilismo). Não haverá retorno. "

Tudo ficou oficial quando um contrato de três anos foi anunciado na segunda-feira, 11 de outubro de 1993, na fábrica da equipe em Didcot, antes das duas últimas corridas da temporada no Japão e na Austrália. Senna estava neste momento de volta ao Brasil com sua namorada Adriane Galisteu, preparando-se para as duas últimas corridas do ano. Ele apareceu na conferência de imprensa em um link de satélite especial de São Paulo. Senna estava claramente encantado por finalmente ter conseguido pôr as mãos no equipamento que se pensava ser a classe do campo (o melhor de todos da categoria), dizendo: "Estou realmente ansioso para pilotar um Williams Renault no que considero o início de uma nova era no automobilismo para mim. É como um sonho tornado realidade. Eu estive perto de fechar um acordo com Frank muitas vezes agora estou encantado que finalmente aconteceu. Estive esperando impacientemente por isso. Preciso de motivação (de algo bom acontecendo na carreira como ir para a Williams, pensava ele)".

Um igualmente satisfeito Frank Williams disse um pouco dissimulado: "Em 1994 precisamos de uma equipe para defender os campeonatos (de construtores e de piloto) que ganhamos este ano. A aposentadoria de Alain Prost nos deixou em um dilema. Ele é um piloto de enorme talento que contribuiu tanto para a equipe, dentro e fora do carro este ano. Portanto, sua substituição mais adequada só poderia ser Ayrton Senna. Eu sempre o admirei e sua trajetória fala por si só".

Após o anúncio, Prost estava deprimido e Senna se entusiasmou. Isso foi mostrado nos resultados - Senna ganhou as duas últimas corridas da temporada no Japão e Austrália, com duas das maiores exibições de pilotagem de sua vida.


"Sempre que estou com você. 
Esqueço todos os meus problemas" 
Ayrton Senna, quarta-feira, 26 de maio de 1993. 

(Ayrton se declarando para Adriane Galisteu)

Fonte: Livro Fatal Weekend escrito pelo jornalista britânico Tom Rubython.

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Lembrei-me também da confidencia que Senna fez a Adriane nos últimos dias que estiveram juntos, antes da tragédia:

"Um dia, vou me casar com você e um dia vou correr na Ferrari." Ayrton Senna (abril de 1994)


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FONTES PESQUISADAS

RUBYTHON, Tom. Fatal Weekend. 1º Edição. Great Britain: The Myrtle Press, 12 de novembro de 2015.

GALISTEU, Adriane. Caminho das Borboletas. Edição 1. São Paulo: Editora Caras S.A., novembro de 1994. 



domingo, 24 de setembro de 2017

Introdução do Livro Fatal Weekend de Tom Rubython

INTRODUÇÃO

Como ler este livro


Fatal Weekend são quatro livros diferentes dentro de um dividido em seis segmentos que podem ser lidos como um [juntos] ou separadamente. Todos estão sozinhos em seus próprios méritos. Eles são: 1) A história de amor entre Senna e Adriane, 2) A história técnica, 3) A história de Roland Ratzenberger, 4) A história da última semana de vida de Ayrton Senna, 5) A história médica e 6) as conseqüências de sua morte. Se você está realmente interessado no assunto, então você vai ler todos os seis, e eu aconselho isso para obter o sabor completo, e é uma história que vale a pena ler.

No entanto, aqui está uma orientação sobre como lê-lo se você não estiver interessado na história de amor ou nos capítulos mais técnicos ou, de fato, sobre a história de Roland Ratzenberger:

A história de amor:

A história de amor entre Senna e Adriane, desde o primeiro até seu último encontro, formam o conteúdo de três capítulos: Capítulo 1, Capítulo 3 e Capítulo 6. Adriane entra na história em outros capítulos, mas apenas na repetição de sua participação no [último] fim de semana [da vida de Ayrton Senna]. Se você não está interessado na história de amor e em algumas das maquinações [conspirações] da família Da Silva/Senna, então você pode optar por ignorar esses capítulos. Se você está interessado, no entanto, o Capítulo 1 conta a história de quando eles se viram pela primeira vez até a partida de Senna para a Europa duas semanas depois. O capítulo 3 retoma a história do caso de amor desde o início até a última vez que Adriane o viu. O capítulo 6 detalha os esforços da família Da Silva para descarrilar sua relação com Adriane nas últimas semanas de vida de Senna.

A história técnica:

As questões técnicas que afetaram a história são abordadas em quatro capítulos e são uma leitura bem diferente do resto do livro. Peço desculpas porque isso perturba o ritmo natural do livro (particularmente o Capítulo 22). Estes são o capítulo 8, capítulo 12, capítulo 22 e capítulo 25. O capítulo 8 trata da equipe Benetton e trapaça. O capítulo 12 é a história de uma investigação sobre o teste de colisão da FIA do carro Simtek de Ratzenberger e a questão de saber se deve ou não ter passado. O Capítulo 22 explica como Patrick Head lutou para colocar as mãos nas caixas do gravador de dados imediatamente após o acidente de Senna, e o Capítulo 23 entra nas causas do acidente de Senna.

A história de Roland Ratzenberger:
Se você quiser apenas ler sobre Roland Ratzenberger, então você só precisa dos Capítulos 10, 11 e 12. É a história mais abrangente já escrita sobre Ratzenberger. Mas é importante porque, além de alguns perfis de jornal, quase nada foi escrito sobre ele. Particularmente, o Capítulo 10 é sobre os antecedentes de Ratzenberger e seus primeiros anos de vida, e também detalha a história da equipe Simtek. O Capítulo 11 cobre as últimas horas de Ratzenberger e sua morte. O Capítulo 12 é como acima.

A história médica:

O capítulo 17 trata dos detalhes médicos das mortes de Senna e Roland Ratzenberger e discute a ética do que aconteceu. Este capítulo pode ser ignorado e lido mais tarde se você quiser evitar perturbar o fluxo da história dessa tarde muito triste.

O último fim de semana da vida de Ayrton Senna - 27 de abril a 1 de maio:

Esta é a pura história do fim de semana de Ayrton Senna, composta por 21 capítulos desde o momento em que ele faz sua visita secreta para ver Luca di Montezemolo na quarta-feira, 27 de abril a sexta-feira, 6 de maio, no dia seguinte ao funeral de Senna. A história retoma 10 dias depois, quando a mãe de Senna encontrou Adriane em seu compartilhado (com Ayrton) apartamento de São Paulo (onde o casal vivia quando estava no Brasil) e Adriane retirou seus pertences. Este conteúdo é o assunto dos capítulos 2, 4, 5, 7, 9, 10, 11, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 23 e 24.

As conseqüências:

Estes são os eventos depois que Senna morreu até a sexta-feira após o seu funeral de 2 de maio a 6 de maio e estão cobertos nos capítulos 26, 27 e 28.

Os apêndices:


Eu incluí seis apêndices, que incluem material que originalmente apareceu na Vida de Senna e é uma leitura de fundo adicional para esta história. O apêndice 1 é a história da próxima temporada 1993-94, quando Senna mudou-se de McLaren para Williams. Os Apêndice 2 a 5 são sobre a carreira de corridas (competições) de Senna e suas crenças de 1984 a 1993. O apêndice 6 é a história do julgamento e o inquérito oficial em Bolonha três anos após a morte de Senna. Há uma repetição do texto do livro principal (The Life of Senna, lançado em 2004), mas é mais ou menos a história completa do julgamento.



FONTES PESQUISADAS

RUBYTHON, Tom. Fatal Weekend. 1º Edição. Great Britain: The Myrtle Press, 12 de novembro de 2015.