sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Sutton e Senna Cortam Relações Por Causa de Direitos Sobre Fotos

Segundo livro, Senna rompeu relação de amizade e trabalho com o inglês após ter sido enganado por ele


Sutton e Senna em 1981, depois de um jantar na Dinamarca para comemorar os bons frutos da parceria, no início de suas carreiras, como fotógrafo automobilístico e piloto automobilístico respectivamente. Amigos e parceiros no princípio, a amizade foi desfeita após traição por parte do fotógrafo inglês.


A seguir, trechos extraídos do livro "Fatal Weekend", lançado em novembro de 2015, escrito pelo jornalista britânico Tom Rubython:


TRADUÇÃO LIVRE


Senna era muito compreensivo com todos os jornalistas e fotógrafos que se aproximavam dele pelo caminho a exceção de um: Keith Sutton, um fotógrafo, que havia sido um assessor de relações públicas não oficial de Senna, quando ele veio pela primeira vez para a Inglaterra em 1981. Eles romperam relações quando Sutton relutou em dar acesso a Senna a todas as fotografias que tinha tirado dele como uma jovem promessa do automobilismo, mesmo que Senna lhe tenha pago por elas na época

A partir desse dia, Senna quase não trocou mais nenhuma palavra com Sutton e não gostava quando ele tirava fotos suas. Ele nunca esqueceu o que viu como uma traição. Depois que Senna morreu, Sutton lucrou com elas através de livros e exposições. Ele se tornou o fotógrafo de referência para fotografias do início da carreira de Senna no automobilismo - todas vendidas a taxas consideráveis.

Senna depois empregou o fotógrafo japonês Norio Koike para fazer esse trabalho e supostamente pagou a ele US$ 350,000 por ano para segui-lo ao redor capturando sua vida. Mas ele assegurou-se de que possuía os direitos autorais das fotos. Koike posteriormente tirou algumas fotos extraordinárias, encantando Senna para o resto de sua vida. Supostamente existem mais de 40.000 fotografias tiradas por Koike nos arquivos da Fundação Ayrton Senna.

O japonês Norio Koike se tornou o fotógrafo oficial de Ayrton Senna depois do piloto se decepcionar com Keith Sutton

No fim de 1993, Senna contratou outro fotógrafo para acompanhá-lo dentro e fora das pistas, o talentoso e famoso fotógrafo italiano, Gianni Giansantti, falecido em 2009. É de sua autoria, inclusive, o ensaio romântico de Ayrton Senna e Adriane Galisteu na fazenda do piloto, em Tatuí, São Paulo.



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Norio Koike, nascido no Japão era um fotógrafo de imprensa (repórter fotográfico) da Fórmula 1 antes de ir trabalhar exclusivamente para Ayrton Senna em 1985. Ele assumiu o lugar de Keith Sutton como fotógrafo oficial de Senna após Sutton ser demitido. Koike estava sempre com Senna, dentro e fora das pistas. Conhecido como um profissional introvertido, ele ficava maravilhado (tinha prazer) por cumprir as ordens de seu mestre e tirou mais de 40 mil fotografias de Senna em nove anos, que são agora de propriedade da Fundação Ayrton Senna. Em 1994, ele comprou uma nova Nikon F5. Depois da morte de Senna, ele perdeu a motivação e deu a câmera (a família de Ayrton, assim como as mais 40 mil imagens de Senna).

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Sua relação com os jornalistas estava longe de ser boa. Seus primeiros confidentes, o (jornalista) brasileiro Reginaldo Leme e o fotógrafo Keith Sutton, trabalharam próximos de Senna nos primeiros tempos, mas mais tarde (Senna) se decepcionou (com eles).

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Dennis Rushen, chefe da equipe de Senna na Fórmula Ford 2000, em 1982, e Keith Sutton, posam juntos durante a exposição "Senna: Photographs by Keith Sutton", organizado pelo fotógrafo, em Londres, 2014, nos 20 anos da morte do piloto brasileiro

Martin Brundle, rival de Senna na Fórmula 3, categoria anterior a Fórmula 1, e Keith Sutton, posam juntos durante a exposição "Senna: Photographs by Keith Sutton", organizado pelo fotógrafo, em Londres, 2014, nos 20 anos da morte do piloto brasileiro

Livro com fotos de Senna lançado por Sutton nos 20 anos da morte do piloto (Foto: Keith Sutton / Sutton Images)

Algumas fotos de Ayrton que fizeram parte da exposição "Senna by Sutton", em Londres (Reprodução / Proud Galleries)


IDIOMA ORIGINAL

Senna was very supportive of all the journalists and photographers who had been close to him on the way up with the exception of one: Keith Sutton, a photographer, who had been Senna’s unofficial PR man when he first came to England in 1981. They had fallen out when Sutton was reluctant to give Senna access to all the photographs he had taken of him as a young up-and-coming driver even though Senna had paid him at the time.

From that day, Senna hardly exchanged a word with Sutton and never liked him taking his photograph. He never forgot what he saw as a betrayal. After Senna died, Sutton cashed in on their relationship with books and exhibitions. He became the go-to guy for photographs of Senna’s early career in motor racing – all sold at very handsome fees.

Senna later employed the Japanese photographer Norio Koike to do that job and reportedly paid him $350,0000 a year to follow him around snapping his life. But he made sure he owned the copyright to the photos. Koike subsequently took some extraordinary photos, delighting Senna for the rest of his life. Reputedly there are more than 40,000 photographs taken by Koike in the Ayrton Senna Foundation archives.

Norio Koike, a native of Japan was a Formula One press photographer before going to work exclusively for Ayrton Senna in 1985. He took over from Keith Sutton as Senna’s official photographer after Sutton was fired. Koike went everywhere with Senna, on and off track. Known as an introvert, he was delighted to do his master’s bidding and took over 40,000 photographs of Senna in nine years, which are now the property of the Ayrton Senna Foundation. In 1994, he bought a new Nikon F5. After Senna’s death, he lost motivation and gave the camera away.

His relationship with journalists was far from good. His original confidants, Brazilian Reginaldo Leme and photographer Keith Sutton worked closely with Senna in the early days but later became disillusioned.


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FONTE PESQUISADA

RUBYTHON, Tom. Fatal Weekend. 1º Edição. Great Britain: The Myrtle Press, 12 de novembro de 2015.

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